Sorveteria de meia página
Aquele calor era infernal. Não sou de reclamar não, mas ver fumacinha sair do asfalto já é demais. Uma semana inteira assim, e foi num desses dias que eu entrei naquela sorveteria.
Pode até ser clichè hoje em dia, mas o sorvete continua sendo uma das melhores soluções pro calor. Por mais que derreta e vire aquela água esquisita, se você não for muito lento você sempre toma geladinho.
E eu entrei na sorveteria. Estava vazia, muito estranho isso, dado aquele calor medonho. Na parede do fundo, um daqueles ventiladores que ficam virando a cabeça de um lado pro outro dava ao lugar um aspecto de lanchonete de beira de estrada de filme americano. Os banquinhos ao balcão também, e não menos.
Sentei-me num desses banquinhos e esperei ser atendido, mas só uns cinco minutos depois percebi que estava sozinho ali. Não havia ninguém, nem mesmo pra atender. Proferi um tímido "ô de casa!", sem resposta. Tentei de novo mais alto, mas deu na mesma.
Dei a volta no balcão, ainda com aquele medo de ser descoberto cruzando a linha proibida, a eterna e imbatível barreira que há entre comerciantes e seus clientes. Mas mesmo a Cidade Proibida estava vazia.
Saí de lá muito nervoso, sem meu sorvete, sem ver gente e ainda com muito calor. E vim pra casa escrever um texto que reproduzisse a sorveteria: vazio.
Pode até ser clichè hoje em dia, mas o sorvete continua sendo uma das melhores soluções pro calor. Por mais que derreta e vire aquela água esquisita, se você não for muito lento você sempre toma geladinho.
E eu entrei na sorveteria. Estava vazia, muito estranho isso, dado aquele calor medonho. Na parede do fundo, um daqueles ventiladores que ficam virando a cabeça de um lado pro outro dava ao lugar um aspecto de lanchonete de beira de estrada de filme americano. Os banquinhos ao balcão também, e não menos.
Sentei-me num desses banquinhos e esperei ser atendido, mas só uns cinco minutos depois percebi que estava sozinho ali. Não havia ninguém, nem mesmo pra atender. Proferi um tímido "ô de casa!", sem resposta. Tentei de novo mais alto, mas deu na mesma.
Dei a volta no balcão, ainda com aquele medo de ser descoberto cruzando a linha proibida, a eterna e imbatível barreira que há entre comerciantes e seus clientes. Mas mesmo a Cidade Proibida estava vazia.
Saí de lá muito nervoso, sem meu sorvete, sem ver gente e ainda com muito calor. E vim pra casa escrever um texto que reproduzisse a sorveteria: vazio.
3 Comments:
Prefiro mil vezes a nossa mina de sorvete em Rio Preto! =]
odeio sorvete! mas foi bom descobrir isso por aqui.Adoro as coisas que você escreve.Posta sempre ok?bjos
Não sou de reclamar não, mas ver fumacinha sair do asfalto já é demais.
Proferi um tímido "ô de casa!", sem resposta.
Incongruente, mas vc está cada dia melhor.
Saudade.
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