A toca do Buenossauro

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quarta-feira, janeiro 24, 2007

Exclusivo!

Jovem de vinte anos chega em casa e vai dormir

Estudante universitário chega em casa para o jantar, come e dorme

Nesta quarta feira, João Augusto da Silva, de 20 anos, chegou em casa por volta das 19 horas, comeu um prato de macarrão, deu boa noite aos pais, tomou um banho e foi dormir. O jovem chegava da Universidade onde cursa Direito. Havia passado a tarde estudando na biblioteca da instituição, após ter assistido às aulas pela manhã. "Foi cansativo", conta. "É assim mesmo. Acordar cedo, ir estudar, chegar em casa e dormir." O estudante comentou que se preparava para uma prova de direito constitucional, a ser ministrada nesta quinta feira. "Vai ser no quinto horário, e estou indo mal na matéria."

Quando perguntado pela redação do Jornal, João da Silva disse ter intenção de repetir o acontecido. A mãe do rapaz, Maria da Silva, declarou estar satisfeita com o apetite do filho para comer macarrão. "É o molho que eu faço, receita da minha tia, ele [João] adora."

A prova de direito constitucional de João Augusto da Silva será aplicada às 11h30, horário de Brasília. O reitor da Universidade não quis comentar o caso, mas em nota disse que também gosta de macarrão. A expectativa é a de que o jovem saia de casa amanhã às 7h e só volte no fim da tarde. A mãe adiantou ao Jornal, com exclusividade, que o jantar desta quinta feira será lasanha.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Back from heaven

Raindrops Keep Falling on My Head


Raindrops keep fallin' on my head
And just like the guy whose feet are too big for his bed
Nothin' seems to fit
Those raindrops are fallin' on my head, they keep fallin'

So I just did me some talkin' to the sun
And I said I didn't like the way he got things done
Sleepin' on the job
Those raindrops are fallin' on my head, they keep fallin'

But there's one thing I know
The blues they send to meet me won't defeat me
It won't be long till happiness steps up to greet me

Raindrops keep fallin' on my head
But that doesn't mean my eyes will soon be turnin' red
Cryin's not for me
'Cause I'm never gonna stop the rain by complainin'
Because I'm free
Nothin's worryin' me

It won't be long till happiness steps up to greet me

Raindrops keep fallin' on my head
But that doesn't mean my eyes will soon be turnin' red
Cryin's not for me'
Cause I'm never gonna stop the rain by complainin'
Because I'm free
Nothin's worryin' me


B. J. Thomas



Bom, odeio esse trem de ctrl+c/ctrl+v, mas o meu teclado aqui está todo desconfigurado e eu não vou me arriscar a escrever nada desse jeito... sim, sou fresco mesmo.
Então peguei essa música e copiei aí - reflete muito do que estou sentindo, então acho que substitui bem o que eu escreveria em prosa, o sentido seria mais ou menos o mesmo.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Canção

Canção

Pus meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para meu sonho naufragar.

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e meu navio chegue ao fundo
e meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas coordenadas,
meus olhos secos como pedras
e minhas duas mãos quebradas.

Cecília Meirelles
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Meu favorito da Cecília. Tá no livro Viagem, que inclusive caiu no vestibular da UFMG esse ano.
Mas antes que digam que eu só leio por causa de vestibular, vale lembrar que esse eu li há muito tempo. Paixão à primeira vista - pena que acabei não relendo pra fazer a prova.
O poema é bem triste sim, e acaba não condizendo com meu estado atual: eu sou o cara mais feliz do mundo. Mas esses versos não ficam feios por serem tristes.
Pelo contrário, a melancolia que perpassa os poemas da Cecília Meireles é de uma docilidade ímpar. Recomendo Viagem, Vaga Música (parece que agora esses dois estão sendo editados num só) e Romanceiro da Inconfidência. Os únicos que já li dela, gostei muito de todos.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Um teste, porque tinha que ter!

Aiai...

fuçando no blog da Thais eu encontrei esse teste e fui fazer.
Olha o que deu:

You're an Expert Kisser

You're a kissing pro, but it's all about quality and not quantity.

You've perfected your kissing technique and can knock anyone's socks off.

And you're adaptable, giving each partner what they crave.

When it comes down to it, your kisses are truly unforgettable

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Construção

Acordei sem saber direito onde estava e ainda sob o efeito do álcool. Saí da casa e vaguei por aí, sem ter uma idéia muito clara de onde ia parar. O céu, muito cinzento, indicava um meio dia que estava por amanhecer: incompleto, o ar soltava suspiros de ressaca.
Passei por uma bonita vizinhança, casas muito ricas e luxuosas, muros altos e cercas elétricas. Ninguém na rua. A borda da lagoa inspirava a mesma tranquilidade naquelas águas verdes - tão verdes que até pareciam limpas.

Aquele era o mundo de sempre, as mesmas árvores, postes e ruas e pessoas. Só que estas estavam dormindo. Convalesciam da passagem do tempo, da delimitação de nossos sonhos e destinos.

A primeira pessoa que vi na rua estava distante, mas deu pra reparar bem - bigodes, chinelos, boné de armazém. Um homem simples, olhava fixamente para uma obra da prefeitura municipal. Eu daria todo aquele silêncio para saber o que ele pensava, mas continuei andando, preferi tirar minhas próprias conclusões.
O dia mais tranqüilo do ano, talvez a única folga, sendo aproveitado assim. Calado, os olhares para observar, dessa vez do lado de fora, o andamento do trabalho. O mesmo de sempre - mas aquele já não era mais um 'dia'.

Confraternização universal - a hora da grande ressaca, quando o mundo tem a oportunidade de refletir sobre a ida e a vinda dos anos, por mais que o Tempo não os acompanhe. Os minutos que temos para refletir sobre essa vida que continua disforme e indecisa. Para refletir sobre a imprecisão, crueldade e alienação da contagem dos anos.
Nao fosse a ressaca, poderíamos expandir nossos sonhos para além do "ano novo", deixar o mundo ter mais dias como esse - o dia em que ele se permitiu morrer na contramão, só para atrapalhar o tráfego.